quinta-feira, 20 de maio de 2010

Notas de um observador:


Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega se de "mais tralos'.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.

Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se


A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.


Teatro Mágico

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sou assim!


Sou diferente, singular, incomum,
tenho o direito de desenvolver os talentos que me foram dados.
Não desejo ser um cidadão pacato e modesto,
dependendo sempre de alguém.
Quero correr o risco calculado,
sonhar e construir, falhar e suceder.
Recuso trocar incentivo por doação.
Prefiro as intemperanças à vida garantida.
Não troco minha dignidade por ajuda de outros.
Não me acovardo e nem me curvo ante ameaças.
Minha herança é ficar ereto, altivo e sem medo,
pensar e agir por conta própria e,
aproveitando os benefícios de minha criatividade,
encarar arrojadamente o mundo e dizer:
Isto é o que eu sou.

Pedro Oliveira

"Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou". Friedrich Nietzsche

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Saiba Amar...

Nunca se esqueça de dizer TE AMO para as pessoas que vc AMA, pois não sabemos os planos ou missões que foram cabidos(as) a cada um de nós, não sabemos a hora q iremos partir e deixar as pessoas que AMAMOS aqui... sem a gnt.. sem a certeza c AMÁVAMOS elas da mesma forma que elas nos AMAM....
Qdo vc passa por um susto qualquer, vc lembra q essas pessoas existem, e q apesar de não estarem do seu lado todos os dias, têm um minuto por dia na sua lembrança.... nas suas preces...Apesar de não estarem unidos fisicamente... seus corações batem na mesma frequência...
Por tanto.. lembre-se dizer TE AMO.. pode mostrar fraqueza, sensibilidade, mas além disso mostra as pessoas q elas fazem parte da sua vida, e vc sabe q faz da delas tbm... não dizer TE AMO, pode mostrar q cv não se ama, pq apartir do momento q vc consegue dizer TE AMO com sinceridade para alguém, vc mostra que SE AMA também, pois para aprender a amar os outros, temos que nos amar primeiramente!
Pedro Oliveira

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Síndrome dos vinte e tantos


A chamam de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado (a) etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são 'tão divertidas'... E às vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado (a) e agir como um (a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado (a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo. Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... Apenas com medo e confuso (a).
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanha teremos 30?! Assim tão rápido?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO... QUE ELE NAO PASSE! Afinal, a vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego.

Texto Pah

sábado, 8 de maio de 2010

Reflexões


Qual o verdadeiro sentido de tudo? Sempre nos pegamos perguntando sobre os porquês de muita coisa, sempre estamos insatisfeitos com o que está acontecendo, sempre nos sentimos incompletos. Sempre esperamos respotas.. mas nunca paramos pra perceber que podemos encontrar os muitos porquês dentro de nós mesmos.
É difícil compreender e aceitar que a mesma mente que questiona é capaz de responder, damos os créditos a coisas místicas.. chamamos de insights, revelações, dejavus, o que seja. Ai começa nosso erro.. nos desvalorizamos e não percebemos que somos capazes de nos responder várias questões.. não percebemos que nosso AMADURECIMENTO nos proporciona respostas e esclarecimentos.
A partir do momento que começarmos a enxergar que somos capazes de nos esclarecer várias coisas, vamos ter maior percepção da verdadeira realidade. Verdade que se pode entrar no famoso "parafuso", posi fato que acontece uma reação em cadeia. Mas tudo está na nossa mente... tudo acontece no tempo e espaço determinado por nós mesmos.. basta sabermos e termos a ciência que temos e podemos ter a capacidade de controlarmos o rumo de nossas vidas.
Chegando a questões como essa, surge uma nova questão... "como fazê-lo?", "como nos responder?", "como nos questionar?","como nos guiar"?
Não tirem minhas conclusões como um embasamento para a vida, mas cheguei num estado que percerbi e resolvi essas questões, apenas analisando e admirando detalhes e coisas comuns, que no nosso dia a dia ignoramos. Formas, gestos, pessoas, sinais.. muita coisa passa despercebida aos nossos olhos, diante a rotina corrida que criamos, pensamos que não temos tempo pra nada, apesar de semrpe acharmos um espaço para diversão, nunca achamos espaço para nós mesmos, para o auto conhecimento, para uma auto reflexão. Ao invés disso, caminhamos em uma corda bamba, com atos autodestrutivos, o quais apelidamos de diversão, e usamos a desculpa que é para aliviar as dores, mágoas e stress que carregamos nas costas. E ao desfarça toda essa tensão, só acumulamos mais peso, e só percebemos isso quando abrimos o olho na segunda feira e encaramos novamente a realidade... contando os dias para que o fim de semana chegue, e possamos nos esconder no nosso mundo paralelo.
Qual o verdadeiro sentido de tudo? Qual o verdadeiro valor das coisas? Apesar de sabermos de muita coisa ainda estamos estagnados, presos a um prazer momentânio...
Devemos colocar na balança nossas ações, decidir o que vale a pena, saber cortar o mal pela raiz, aprender a falar não, sermos menos mundanos, sermos mais egoístas; quando digo egoísta, me refiro a auto análise, à se colocar em primeiro lugar, à não se prejudicar...

Questões que nos pertubam podem ser as chaves para o verdadeiro amadurecimento do ser. As vezes as respostas nos são apresentadas em formas de perguntas...

POR QUE? POR QUE? POR QUE?
Só nós podemos nos responder....

MEXA-SE...

Pedro Oliveira